Recuperação de ativos: o que é e quais são as fases da negociação

A inadimplência é um problema para o devedor e para o credor. Quem não consegue pagar suas dívidas pode entrar no cadastro de órgãos de proteção ao crédito e perder o acesso a empréstimos e financiamentos. Já as empresas que não recebem o valor devido podem ficar com despesas pendentes e ter prejuízos. Por isso, entender as fases da recuperação de ativos é um processo interessante para ambas as partes.

Ela auxilia o credor a receber o pagamento com mais agilidade, gerando mais liquidez. Assim, o devedor pode recuperar seu ativo e voltar a consumir.

Neste artigo, você vai entender o que é e como funciona a negociação de recuperação de ativos. Também vai entender quais são os caminhos possíveis e qual a melhor forma de gerir uma carteira de inadimplência. Assim, vai conseguir mais acordos e recuperar o máximo de ativos possíveis. 

O que é recuperação de ativos

Recuperação de ativos é um processo de negociação que busca resolver inadimplências. Assim, a recuperação é uma das formas que as empresas têm para recuperar ativos e aumentar a liquidez empresarial

Vantagens de investir na recuperação de ativos

Essa recuperação de ativos contribui para a saúde financeira das empresas, uma vez que aumenta a liquidez e equilibra o fluxo de caixa. 

Além disso, o processo de recuperação deve ser focado em encontrar uma solução eficiente que beneficie todos os envolvidos. É bem diferente de uma mera cobrança. Uma recuperação de ativos bem feita também evita um desgaste na relação entre o credor e o devedor. Isso reduz os riscos de perder um cliente ou parceiro, por exemplo, e ainda mantém a boa reputação da empresa. 

A diferença entre cobrança e recuperação

Recuperação de ativos não é sinônimo de cobrança de dívidas. Elas se diferem, principalmente, na abordagem ao devedor e no objetivo do processo. 

A cobrança refere-se a lembrar o devedor da dívida e insistir na sua quitação. É uma atividade comumente realizada por empresas de call center. Porém, essas empresas nem sempre têm know how em negociação, conhecimento das normas jurídicas ou a preocupação em zelar pela reputação dos envolvidos. 

Além disso, muitas dessas empresas trabalham apenas com o modelo de cobrança extrajudicial. Nem sempre isso é suficiente para gerenciar a carteira de inadimplência do credor. 

Por outro lado, o objetivo da recuperação de ativos é resolver o problema da inadimplência e gerar liquidez. Isso acontece por meio das melhores estratégias de negociação. A abordagem dos clientes, embasada pelo conhecimento da lei processual civil, também é fundamental.

A recuperação de ativos pode se dar de duas formas: extrajudicial ou judicial. 

  • Recuperação de ativos extrajudicial: nesse processo, negocia-se a dívida sem nenhum trâmite judicial. O devedor é lembrado de que está com um pagamento em aberto ou em atraso e busca-se uma solução para a negociação da dívida. É um método que se usa quando a dívida tem pouco tempo de atraso. 
  • Recuperação de ativos judicial: nesse processo, a empresa credora aciona uma equipe de advogados para tratar as dívidas com os devidos meios judiciais. Costuma ser utilizada se a negociação extrajudicial não deu resultados, por ser um processo possivelmente mais oneroso e demorado, mas nem por isso menos eficaz.  

As fases da recuperação de ativos

Embora haja diferença entre recuperação de ativos judicial e extrajudicial, um formato não é necessariamente melhor ou mais eficiente que o outro. Por isso, o ideal é analisar a carteira de inadimplência para chegar a uma estratégia que combine todas as formas possíveis de negociação. Com isso, você alcança o melhor resultado com o menor custo. 

Por isso, a primeira fase da recuperação de ativos é a análise da carteira de inadimplência. Esse processo vai definir o melhor método de recuperação para cada situação. 

Depois da definição da estratégia, é hora de localizar os devedores. O principal desafio dessa etapa são as dívidas antigas, com contatos desatualizados. Para isso, há softwares e ferramentas que auxiliam na localização do devedor e podem agilizar o processo. 

A próxima fase é a abordagem dos devedores para iniciar a negociação. É um momento delicado porque o devedor pode se sentir incomodado por uma abordagem indevida. Isso pode reduzir a sua disposição em colaborar com o processo. Por isso, uma equipe especializada em técnicas de negociação respeitosas e persuasivas deve planejar e estruturar a abordagem.

O papel do advogado na recuperação de ativos

Assim, uma boa alternativa para as empresas credoras é transferir a responsabilidade do processo de recuperação de ativos para equipes especializadas. Com a contratação de uma assessoria jurídica com experiência e know how em negociação, aumentam as chances de se conseguir acordos e recuperar a liquidez.

Uma equipe de advogados treinados faz negociações mais rápidas, com menor desgaste das partes envolvidas. Isso reforça o capital de giro da empresa, sempre zelando pela sua reputação e realizando todos os procedimentos em concordância com a lei. Assim, os colaboradores da empresa credora têm mais disponibilidade para se dedicar às atividades essenciais do negócio. 

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